Guilherme Costa faz história e quebra recorde das Américas nos 400m livre em Paris-2024
Paris, França – Em um dia repleto de emoções e expectativas, o brasileiro Guilherme Costa teve uma performance histórica na final dos 400 metros livre nas Olimpíadas de Paris-2024, ocorrida neste sábado. Conhecido como “Cachorrão”, o nadador de 25 anos ficou em quinto lugar, registrando o tempo de 3min42s76, o melhor de sua carreira até agora. Além da posição, Costa quebrou o recorde das Américas, um feito memorável para a natação brasileira.
Embora tenha ficado apenas 0s26 atrás do terceiro colocado, o sul-coreano Woomin Kim, que fez 3min42s50, e não tenha alcançado o pódio, sua participação marcou o fim de um jejum de quatro décadas sem representantes brasileiros na final dessa prova. O ouro foi conquistado pelo alemão Lukas Maertens com o tempo de 3min41s78, seguido de perto pelo australiano Elijah Winnington, que levou a prata com 3min42s21.
Após a prova, bastante emocionado, Costa refletiu sobre sua performance. "Eu queria muito a medalha. Tentei de tudo, fiz o que podia no terceiro trecho de 100m, onde errei de manhã (na classificatória), e não sei o que aconteceu nos últimos 50 metros, que é meu ponto forte. Fiz de tudo, mas não foi possível", lamentou entre lágrimas. Em uma análise do desempenho, ele pontuou que deixou o alemão abrir vantagem nos primeiros 100 metros e, ao pegar marola, precisou se esforçar ainda mais no meio da prova, apostando nos últimos 50 metros, que são tradicionalmente sua força.
Costa, que nadou na raia cinco, oscilou entre a quarta e quinta colocações, mostrando regularidade próximo à linha do recorde mundial. Apesar de todo o esforço no sprint final, não conseguiu uma vaga no pódio nesta que foi uma das provas mais competitivas do evento.
Chegando a Paris como um dos fortes candidatos à medalha, Costa buscava redenção após uma participação abaixo das expectativas em Tóquio, há três anos, onde foi eliminado nas semifinais dos 800 metros. O nadador brasileiro tem sido destaque ao longo dos últimos anos, quebrando sucessivos recordes nacionais e sul-americanos.
Ainda aguardam por Costa as competições dos 200m, 800m e o revezamento 4x200m livre, além de sua inédita participação também nas provas de águas abertas no Rio Sena.
Na versão feminina da prova, Maria Fernanda Costa brilhou em sua estreia olímpica, alcançando a final dos 400 metros livre e terminando em sétimo lugar com 4min03s53. A australiana Ariarne Titmus foi a grande vencedora, se tornando bicampeã olímpica da prova com 3min57s49, seguida pela canadense Summer McIntosh e pela americana Katie Ledecky, que completou o pódio.
Após a prova, Maria Fernanda destacou sua satisfação por ter competido entre as melhores e mencionou a clareza de seu potencial para futuras participações olímpicas, reforçando seu compromisso com os treinos e a busca pelo pódio em competições futuras.
Considerações Finais
A performance de Guilherme Costa e Maria Fernanda Costa em Paris-2024 reafirma a qualidade e o potencial da natação brasileira no cenário internacional, garantindo um futuro promissor para ambos os atletas e para o esporte no país.