Guilherme Boulos defende Lula e critica governo de extrema direita de Israel em declaração sobre conflito em Gaza.

O líder do PSOL, Guilherme Boulos, causou polêmica ao se posicionar em defesa do ex-presidente Lula e criticar o governo de Israel, de acordo com declarações dadas durante sua primeira agenda pública ao lado de Marta Suplicy. Boulos condenou veementemente o que chamou de “massacre” conduzido pelo governo de extrema direita de Benjamin Netanyahu na Faixa de Gaza, e afirmou que Netanyahu e seu chanceler não têm “autoridade moral” para apontar o dedo para o Brasil.

Boulos se pronunciou em meio a uma crise diplomática entre Brasil e Israel desencadeada pela fala de Lula, que comparou a guerra em Gaza ao Holocausto. O pré-candidato do PSOL, no entanto, se esquivou de dar sua opinião sobre a comparação feita por Lula, afirmando que sua posição é “absolutamente clara” quanto à condenação do que chamou de “seletividade moral desumana”.

Ao mesmo tempo, Boulos evitou comentar diretamente a fala do ex-presidente, provocando críticas por sua falta de posicionamento. Essa não é a primeira vez que Boulos se envolve em polêmicas relacionadas ao conflito em Gaza. No ano passado, o líder do PSOL foi criticado por não mencionar explicitamente o grupo Hamas em suas declarações sobre o conflito, o que culminou na renúncia do infectologista Jean Gorinchteyn da coordenação do plano de governo na área da Saúde.

A postura de Boulos em relação ao conflito em Gaza tem sido alvo de controvérsias, e sua declaração recente sobre a falta de autoridade moral de Netanyahu e seu chanceler para “apontar o dedo” para o Brasil certamente irá gerar mais debate. No entanto, é importante lembrar que o líder do PSOL tem se mantido firme em sua condenação ao que considera um “massacre” na Faixa de Gaza, mesmo diante das críticas e da pressão decorrentes de sua associação com Lula, principal cabo eleitoral de Boulos.

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