Segundo a mais recente pesquisa Datafolha para a prefeitura de São Paulo, realizada na semana passada, Boulos enfrenta dificuldades em conquistar eleitores de alguns estratos da sociedade. Entre os eleitores de renda de até dois salários-mínimos, aqueles que possuem apenas o ensino fundamental, os que se declaram pardos e os evangélicos, o deputado aparece atrás ou em empate técnico com adversários como o prefeito Ricardo Nunes (MDB), o apresentador José Luiz Datena (PSDB) e o influenciador Pablo Marçal (PRTB).
Apesar disso, Boulos mantém uma vantagem em outras camadas da população e aparece na liderança da pesquisa ao lado de Marçal e Nunes, todos empatados com 23%, de acordo com a margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos.
A entrada de Lula na campanha eleitoral, com comícios realizados nas zonas sul e leste de São Paulo no último fim de semana, alimenta a expectativa de um possível aumento na intenção de voto e uma queda na rejeição entre os eleitores nos quais o desempenho de Boulos não tem sido tão significativo.
No entanto, o apoio de Lula não garante necessariamente o voto no candidato indicado por ele e, em alguns casos, pode até mesmo gerar rejeição. A pesquisa revela que, entre o eleitorado em geral, 58% estão cientes de que o ex-presidente apoia Boulos, que tem como vice a ex-prefeita Marta Suplicy (PT).
Entre os eleitores mais pobres, que representam 36% do eleitorado, 27% afirmam que com certeza escolheriam um candidato apoiado por Lula, enquanto 26% dizem que talvez votariam, mas 44% afirmam que não votariam de jeito nenhum.
A campanha eleitoral em São Paulo segue movimentada e a participação de Lula adiciona novos elementos ao processo eleitoral, testando a capacidade de crescimento de Guilherme Boulos entre diferentes segmentos do eleitorado.