Ricardo Galvão é um conhecido nome no cenário científico nacional, com uma carreira marcada por contribuições relevantes à pesquisa e à ciência no Brasil. No entanto, seu passado recente é marcado por um embate notório com o ex-presidente Jair Bolsonaro, que poderá influenciar sua condução parlamentar. Em 2019, quando era presidente do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Galvão teve um desentendimento público com Bolsonaro após a divulgação de dados que apontavam um aumento alarmante no desmatamento da Amazônia. O ex-presidente, ao criticar os números, alegou que eram manipulados e que o instituto estaria a serviço de uma organização não governamental.
Galvão, por sua vez, não hesitou em defender a veracidade dos dados apresentados, argumentando que o INPE era uma instituição renomada e respeitada internacionalmente na área de pesquisa. Esse episódio culminou em sua destituição do cargo, um momento que evidenciou a tensão entre ciência e política no Brasil, especialmente em um cenário marcado por debates acalorados sobre questões ambientais.
Atualmente, além de ser um profissional de renome, Galvão é doutor em física e professor aposentado da Universidade de São Paulo (USP). Sua experiência inclui uma presidência no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a principal instituição de fomento à pesquisa no país. Sua entrada na Câmara dos Deputados, portanto, traz consigo uma bagagem significativa que poderá enriquecer os debates legislativos, especialmente em temas relacionados à ciência e à tecnologia. A expectativa agora é observar como suas experiências passadas influenciarão sua atuação política e as relações dentro do Congresso.
