Guerras comerciais dos EUA causam queda no crescimento do PIB global, alerta vice-primeiro-ministro russo sobre incertezas econômicas atuais.

As tensões geradas pelas guerras comerciais promovidas pelos Estados Unidos têm impactos significativos na economia global. Aleksandr Novak, vice-primeiro-ministro da Rússia, expressou preocupação com as incertezas que estão permeando os mercados internacionais, apontando que essas disputas comerciais estão contribuindo para uma acentuada desaceleração do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) mundial.

Durante sua análise, Novak destacou que, pela primeira vez em anos, a taxa média de crescimento econômico global deve ser inferior à registrada no ano anterior. Ele relatou que as consequências das políticas protecionistas da administração americana estão impactando diretamente as cadeias de suprimentos globais, aumentando os custos das mercadorias e dificultando a logística de distribuição. Essa realidade não afeta apenas os países que têm sido diretamente alvo de tarifas, mas também ressoa no interior da própria economia dos Estados Unidos, que está experimentando efeitos colaterais adversos dessas medidas.

Particularmente preocupantes são as estatísticas referentes à zona do euro, onde os países da Europa Ocidental relataram crescimento econômico pobre, com taxas que não superam os 3,1%. Novak relacionou essa estagnação não apenas às guerras comerciais, mas também às sanções aplicadas a nações em desenvolvimento, como a Rússia. Essas políticas ocidentais, segundo ele, têm a intenção de obstruir o crescimento econômico de tais países, restringindo suas capacidades de exportação e importação.

Recentemente, Washington implementou tarifas de 125% sobre as importações provenientes da China, uma medida que, paradoxalmente, prejudicou em grande parte o mercado norte-americano. Logo após, tarifas de 50% foram impostas sobre produtos brasileiros e indianos, em um movimento que visa pressionar economias que se envolvem com o petróleo russo. Esses atos de proteção não apenas afetam os parceiros comerciais, mas também criam um ciclo de retaliação que desestabiliza ainda mais as relações comerciais internacionais.

Para Novak, os desenvolvimentos econômicos atuais são um reflexo de uma conjuntura mais ampla, onde a luta por domínio econômico entre as potências mundiais continua a reverberar, levando a incertezas e desafios para toda a comunidade internacional. A situação demanda um monitoramento cuidadoso, pois as repercussões dessas guerras comerciais poderão se prolongar e gerar crises em diversas economias.

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