Guerra entre Israel e Hamas entra na terceira semana com ataques intensos e promessa de liberação dos reféns

A guerra entre Israel e Hamas está entrando em sua terceira semana, e nesta sábado os militares israelenses realizaram uma série de bombardeios intensos, os maiores desde o início do conflito. As forças terrestres também avançaram ainda mais pelo Norte da Faixa de Gaza. O premier Benjamin Netanyahu alertou em uma entrevista coletiva que essa guerra será “longa e difícil” e que utilizará “todos os recursos disponíveis” para libertar os mais de 200 reféns em poder do Hamas e outros grupos que atuam em Gaza.

Desde a noite de sexta-feira, todas as comunicações foram cortadas dentro de Gaza, exceto por alguns telefones por satélite e com chips de outros países. Durante esse período, o território sofreu o maior ataque aéreo desde o início da guerra, com foco no Norte do território. As Forças de Defesa de Israel afirmam que 150 alvos foram atingidos, incluindo postos de comando do Hamas e a rede de túneis construída pelo grupo ao longo dos anos. Os bombardeios contaram com o uso de 100 aeronaves e resultaram na morte de Asem Abu Rakaba, apontado como chefe por operações aéreas do Hamas.

Enquanto isso, por terra, as forças israelenses confirmaram que a operação iniciada na sexta-feira foi mais ampla do que as incursões anteriores, mas ainda não assumiram o controle de partes do território de Gaza. Um porta-voz das Forças Armadas afirmou que a ofensiva utilizou infantaria, unidades de engenharia e artilharia contra posições do Hamas e de grupos locais. Ainda não foram revelados detalhes sobre uma operação ainda mais ampla que está sendo considerada.

Em uma coletiva de imprensa, o premier Benjamin Netanyahu declarou que a guerra está entrando em uma segunda etapa e a descreveu como “longa e difícil”. Ele destacou que a destruição das capacidades militares e de governo do Hamas e a libertação dos reféns são os objetivos claros do país. Netanyahu também criticou os que acusam Israel de cometer crimes de guerra e afirmou que Israel está lutando uma batalha pela humanidade contra bárbaros.

Enquanto isso, em Gaza, onde as comunicações foram cortadas, os relatos que emergem mostram a escalada da violência dos bombardeios israelenses. Segundo relatos, essa foi a noite mais difícil e sangrenta desde o início do conflito. O chefe da UNRWA, Philippe Lazzarini, afirmou que não recebeu notícias de vários colaboradores desde o corte nas comunicações. Ele alertou que muitos civis morrerão não apenas por causa da guerra, mas também pela falta de alimentos, água, remédios e condições insalubres.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou estar surpreso com a expansão da ofensiva israelense, pois isso afeta diretamente o envio de ajuda humanitária às mais de 2 milhões de pessoas em Gaza. Ele destacou a necessidade de uma pausa humanitária nos combates, mas em vez disso, houve uma escalada sem precedentes dos bombardeios, prejudicando os objetivos humanitários. A Assembleia Geral da ONU aprovou uma resolução pedindo uma trégua humanitária em Gaza, mas Israel e os EUA rejeitaram o texto.

A guerra entre Israel e Hamas continua a se intensificar, trazendo consequências devastadoras para a população em Gaza. Nesse cenário, é necessária uma intervenção urgente para que as negociações de paz sejam retomadas e para que a ajuda humanitária possa ser entregue àqueles que mais precisam. A comunidade internacional deve pressionar ambas as partes a buscar uma solução pacífica e evitar mais derramamento de sangue. A situação atual exige um esforço conjunto para alcançar uma paz duradoura na região.

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