Guarda Nacional de Washington se prepara para armamento após declaração de Trump sobre “retomada” da capital; autoridades ainda aguardam ordens formais.

Nos últimos dias, uma mudança significativa nas operações da Guarda Nacional em Washington, D.C., tem atraído a atenção da opinião pública e das autoridades locais. A determinação de que os soldados da Guarda Nacional começarão a portar armamento durante suas atividades na capital federal marca uma reviravolta em relação às orientações iniciais. Desde a chegada dos aproximadamente 800 soldados, na última terça-feira, eles foram majoritariamente vistos em áreas públicas, realizando tarefas administrativas e logísticas, além de trabalhos voltados para a revitalização de espaços urbanos.

De acordo com informações de fontes conhecidas na área de Defesa, essa decisão foi influenciada por declarações do presidente Donald Trump, que indicou que a povoação da Guarda Nacional seria uma estratégia para “retomar” a cidade das mãos de “criminosos violentos”. Antes dessa alteração, as autoridades haviam esclarecido que os soldados não estariam armados, ao contrário de outros agentes federais que também foram destacados para dar apoio em Washington.

A experiência inicial da Guarda Nacional naquela semana incluiu uma postura defensiva, com a determinação de que as armas seriam mantidas em reserva, somente acessíveis se absolutamente necessárias. Contudo, na noite do dia 15, alguns membros receberam orientações para se prepararem para armamentos, embora até o início do dia 16 ainda não houvesse uma ordem formal nessa direção.

A situação gerou contestações, como a do presidente do Conselho do Distrito de Colúmbia, Phil Mendelson. Ele expressou preocupações sobre a instrumentalização da Guarda Nacional em um contexto que não é o de suas operações habituais, apontando que os soldados são treinados para missões de combate e resposta a desastres naturais, e não para funções de policiamento comunitário. Mendelson sugeriu que as ações do presidente podem ser mais uma manobra midiática do que uma resposta a uma verdadeira necessidade de segurança.

A proposta de armamento dos soldados da Guarda Nacional diante de uma percepção de crescente violência na cidade gera um debate acalorado sobre a militarização da resposta à crise urbana e os limites da atuação das forças armadas em contextos de ordem pública. Enquanto a situação evolui, o público observa com cautela os desdobramentos dessa política e seu impacto na dinâmica da segurança na capital dos Estados Unidos.

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