Guarda Costeira dos EUA enfrenta desafios para apreender petroleiro Bella 1 em operação contra tráfico de petróleo venezuelano

A Guarda Costeira dos Estados Unidos está enfrentando desafios significativos em suas operações para interceptar o petroleiro Bella 1, identificado como vinculado à Venezuela. A situação se intensificou quando a embarcação se negou a permitir a abordagem das autoridades, levando a equipe a considerar a mobilização de unidades de elite de Resposta de Segurança Marítima. Essas equipes têm a capacidade de realizar abordagens por meio de helicópteros, mas sua disponibilidade é limitada e, atualmente, apenas duas estão em operação.

Recentemente, uma dessas equipes foi destacada do porta-aviões USS Gerald R. Ford, mas estava em uma posição geográfica muito distante para realizar a interceptação de forma eficaz. Apesar do reforço militar da marinha dos EUA na região do Caribe, obstáculos operacionais fazem parte da abordagem a essas situações, indicando que a execução das operações não se dá de maneira tão simples quanto se esperava.

Nos últimos dias, outras apreensões importantes também ocorreram. No dia 10 de dezembro, a Guarda Costeira conseguiu apreender o petroleiro Skipper, que navegava sob bandeira da Guiana, enquanto partia da Venezuela. Já no último sábado, a abordagem ao superpetroleiro Centuries, registrado no Panamá, foi realizada perto da costa venezuelana. A complexidade das operações aumentou ainda mais quando, no dia 21, o Bella 1 conseguiu escapar para o Atlântico em resposta à tentativa de abordagem, intensificando a busca por parte das autoridades.

Essas operações estão no contexto de uma estratégia mais ampla dos EUA. Em dezembro passado, a administração do então presidente Donald Trump designou o governo venezuelano como uma “organização terrorista estrangeira” e estabeleceu um bloqueio total a petroleiros sancionados que tenham origem ou destino na Venezuela. As declarações de Trump na época eram contundentes, afirmando que os EUA não permitiriam que um “regime hostil” tomasse posse de seus recursos, reforçando a determinação americana em proteger seus interesses na região.

Assim, a situação envolvendo o petroleiro Bella 1 representa não apenas uma questão operacional para a Guarda Costeira, mas também um reflexo das tensões geopolíticas entre os Estados Unidos e a Venezuela, evidenciando a complexidade das relações internacionais na esfera do comércio de petróleo.

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