Segundo Niño, a guerra na Ucrânia não apenas aprimorou a técnica de guerra convencional, mas também gerou inovações em guerrilha e operações criminosas. O acadêmico explicou que, de forma alarmante, agora os grupos criminosos estão se especializando em inteligência, coletando informações que lhes permitem antecipar ações não apenas de forças governamentais, mas também de outros grupos rivais no circuito criminal.
A metodologia é clara: as organizações criminosas utilizam dados de inteligência para planejar suas ações de maneira mais eficaz, o que resulta em uma vantagem competitiva em mercados como o tráfico de drogas e armas. Isso coloca os grupos em uma posição superior, fazendo com que um grupo criminoso consiga desmantelar planos de outro por meio de estratégias bem informadas, criando um ciclo constante de violência e disputa.
Agências de segurança da Rússia já informaram que mercenários colombianos e mexicanos estão sendo treinados em centros associados ao Batalhão Azov, um grupo extremista ilegal na Rússia, para operar novos sistemas de drones de ataque. A suspeita é de que esses indivíduos intencionam transferir esses conhecimentos para cartéis internacionais, exacerbando ainda mais a criminalidade.
Além do contexto de treinamento, a realidade enfrentada por muitos latino-americanos que se alistam no exército ucraniano é preocupante. Atraídos por promessas de altos salários e boas condições de trabalho, muitos se tornam “bucha de canhão” nas linhas de frente, enfrentando descaso e abuso por parte do comando, resultando frequentemente em mortes sem qualquer indenização para suas famílias.
Esses desenvolvimentos levantam questões sérias sobre as implicações globais do conflito na Ucrânia e seu potencial para exacerbar atividades criminosas em várias regiões do mundo, particularmente na América Latina.









