Grupo empresarial operava 3 entidades da farra do INSS, faturando R$50 mi/mês; empresário M. C. controla associações e é investigado por estelionato.

 

A Polícia Civil de São Paulo está investigando um esquema de descontos indevidos sobre aposentadorias do INSS, operado por um grupo empresarial liderado por M. C., do ramo de seguros e planos de saúde. Três entidades ligadas a essa farra dos descontos indevidos faturam mais de R$ 50 milhões por mês, segundo mensagens de celulares, e-mails e arquivos em computadores apreendidos pela polícia.

As entidades em questão são a A. a U. e o C., que tiveram autorização do INSS para cobrar mensalidades associativas dos beneficiários. No entanto, as investigações apontam para a prática de estelionato, devido a denúncias de filiações feitas sem o consentimento dos aposentados.

M. C., dono do Grupo T. H., é apontado como o “beneficiário final das fraudes” e já prestou esclarecimentos à polícia negando as acusações. Ele afirma que a B., empresa de sua propriedade, atua como prestadora de serviços para as entidades, sem receber os R$ 10,8 milhões apontados nas investigações.

A relação entre a B. e as entidades ficou evidente após a apreensão de celulares e computadores de E. L. F., gerente administrativo da A.. Mensagens de celular e e-mails trocados entre os envolvidos revelaram que a B. gerencia diretamente a parte administrativa e financeira das associações.

Além disso, a polícia encontrou indícios de que funcionários da B., como R. R. N. e S. R. N., atuam diretamente na gestão das entidades. O esquema de descontos indevidos, que envolve a B. e as entidades, tem sido alvo de denúncias por parte dos aposentados e está sendo investigado por diversos órgãos, como o TCU, CGU e PF.

A farra do INSS já levou à exoneração de A. F., diretor de benefícios do INSS, e continua gerando repercussões no cenário político. A relação de M. C. com políticos influentes, o luxo ostentado por ele e suas conexões com lobistas em Brasília também estão sendo investigadas.

Tanto os envolvidos diretos quanto as entidades negam as acusações de fraude e estelionato, alegando que as movimentações financeiras são regulares e compatíveis com os respectivos objetos dos contratos. A situação segue em investigação, com as autoridades procurando esclarecer todas as denúncias e evidências apresentadas.

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