Um grupo organizado tem atuado de forma criminosa na MultFeira, localizada no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), cobrando valores indevidos de feirantes e fazendo ameaças para garantir o recebimento. Uma feirante que foi vítima dessas ações relatou como os suspeitos agem de forma intimidadora.
Segundo o relato da feirante, os indivíduos fazem ameaças tanto pessoalmente quanto por telefone. A vítima mencionou que, quando se recusou a pagar a mensalidade exigida pelo grupo, foi ameaçada de ser impedida de entrar na feira e de ter seus pertences confiscados. Os criminosos deixam claro que é obrigação dos feirantes pagar os valores exigidos, chegando ao ponto de dizer que quem não paga, não trabalha.
Além das ameaças verbais, os suspeitos também recorrem a mensagens de texto para pressionar os feirantes a realizarem os pagamentos. Em um dos avisos, os criminosos alertam que já estiveram na banca da feirante e não receberam o suposto pagamento, solicitando um retorno ou comprovante, caso o valor tenha sido efetuado.
As investigações revelam que a Coutinho Serviços Imobiliários, empresa responsável por administrar o espaço da MultFeira, estaria cobrando aluguéis dos feirantes sem apresentar contrato, recibo ou qualquer documento que comprove a exigência dos valores. Os feirantes afirmam que homens a serviço da Coutinho estão cobrando cerca de R$190 por metro quadrado, totalizando um montante de R$2,5 milhões.
Diante das denúncias, o Tribunal de Contas (TCDF) determinou que a Central de Abastecimento do DF (Ceasa) suspenda os contratos de concessão firmados com a Coutinho. A Ceasa informou que lançou um edital de licitação para concessão de uso do espaço, buscando resolver definitivamente o problema jurídico envolvendo a administração da MultFeira.
A situação gerou insegurança entre os feirantes que trabalham no local, que buscam medidas para garantir a realização segura de suas atividades comerciais. A polícia investiga o caso e já foram registradas diversas queixas sobre as ações do grupo criminoso na feira do SIA. A comunidade espera que as autoridades competentes ajam rapidamente para coibir essas práticas ilícitas e garantir a segurança e integridade dos trabalhadores.