GROTA QUE NÃO BROTA! – “Moradores da Grota da Macaxeira Enfrentam Horários Restritos para Serviços Municipais Essenciais”



O programa Brota na Grota, que pretende levar diversos serviços da Prefeitura de Maceió e da Equatorial para comunidades vulneráveis, mais uma vez, parece estar desperdiçando recursos e tempo. Nesta sexta-feira (2), das 9h às 15h, a iniciativa se instalará na Grota da Macaxeira, na Chã da Jaqueira, com promessas grandiosas e resultados questionáveis.

No papel, a iniciativa parece um esforço nobre, oferecendo serviços das secretarias municipais de Educação, Saúde, Mulher, Assistência Social, Habitação, Fazenda, Trabalho, Bem-Estar Animal e Esportes. Adicionalmente, contarão com a participação da Autarquia Municipal de Desenvolvimento Sustentável e Limpeza Urbana (Alurb), Departamento Municipal de Transporte e Trânsito (DMTT) e Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Maceió (Iplan). No entanto, a prática tem mostrado uma realidade bem menos inspiradora.

Criticas frequentes apontam para a ineficácia e efemeridade dos atendimentos. As comunidades que recebem o programa muitas vezes sentem o impacto apenas temporariamente ou, pior, não notam melhoria alguma no longo prazo. Faltam recursos contínuos e uma abordagem sustentável que realmente transforme a vida dos moradores a médio e longo prazo. A iniciativa parece mais um movimento de marketing político do que uma real solução para os problemas das comunidades vulneráveis.

A promessa de triagem e castração de felinos no dia anterior (quinta-feira, 1º) e durante o evento, embora necessária e louvável, parece ser uma cortina de fumaça frente às carências mais urgentes da população local, como saneamento básico, segurança e educação de qualidade. Castrar animais enquanto a estrutura básica das comunidades continua em frangalhos soa, para muitos, como priorizar o secundário em detrimento do essencial.

Fica a dúvida: até quando os moradores dessas áreas continuarão recebendo migalhas em forma de programas itinerantes? Enquanto isso, questões estruturais permanecem sem solução, e as promessas de melhoria constante são apenas vozes ao vento. A realidade nua e crua é que a valorização superficial desses esforços tende a desviar a atenção das verdadeiras necessidades da população. O Brota na Grota, ao não atacar os problemas pela raiz, corre o risco de ser lembrado como mais um exemplo de boas intenções mal executadas.

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