Essas nações que decidiram adotar medidas cautelares foram responsáveis por compras significativas, totalizando US$ 2,8 bilhões em produtos avícolas brasileiros em 2024, o que representa cerca de 28% do volume comercializado. Essa dependência financeira torna a situação ainda mais crítica para o Brasil, cuja indústria avícola é uma das mais robustas do mundo.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) não deixou de agir diante da gravidade do problema. Segundo informações oficiais, o foco da contaminação se concentrou na granja do Rio Grande do Sul, mas os ovos provenientes dessa instalação também estão localizados em Minas Gerais e Paraná. Como precaução, autoridades do estado mineiro confirmaram que foram descartadas 450 toneladas de ovos fecundados, uma medida drástica, mas necessária para impedir a propagação da doença.
A confirmação desse caso marca o fim de um período em que o Brasil era visto como um dos poucos grandes produtores avícolas a gozar do status livre da gripe aviar. O MAPA reforçou seu compromisso em monitorar a situação e tomar as medidas necessárias para evitar novas contaminações, buscando proteger a indústria e a saúde pública.
Enquanto o governo tenta controlar os danos, o setor avícola enfrenta um desafio sem precedentes, que não apenas impacta a economia, mas também levanta questões sobre a resiliência da cadeia produtiva em momentos de crise. A comunidade avícola e os consumidores permanecem em alerta, acompanhando o desenrolar dessa situação delicada e suas potenciais repercussões.