Greve Nacional dos Trabalhadores da Petrobras É Aprovada Após Negociações Fracassadas e Contraproposta Considerada Insuficiente pela Categoria

Na última quarta-feira, 10 de dezembro, trabalhadores da Petrobras revelaram a decisão de iniciar uma greve nacional, programada para começar à meia-noite da próxima segunda-feira, 15 de dezembro. A deliberação surge após intensas negociações entre a companhia e a Federação Única dos Petroleiros (FUP), que representa a categoria, resultando em um impasse. O motivo principal da insatisfação dos trabalhadores é a contraproposta apresentada pela Petrobras para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), considerada “insuficiente” por lideranças sindicais.

Um dos pontos centrais nas discussões é a busca de uma solução garantida para os Planos de Equacionamento de Déficit (PEDs) da Petros, a Fundação Petrobras de Seguridade Social. Esse fundo de pensão, criado em 1970, desempenha um papel crucial na gestão da aposentadoria complementar dos empregados da empresa e se posiciona como o segundo maior fundo de pensão do Brasil. A situação dos aposentados e pensionistas está diretamente ligada ao resultado dessa negociação, o que aumenta as preocupações entre os trabalhadores.

Além disso, os petroleiros estão pleiteando melhorias significativas no plano de cargos e salários, bem como a implementação de garantias para a recomposição de rendimentos, evitando a aplicação de mecanismos de ajuste fiscal que possam prejudicar os já vulneráveis. A FUP informou que, diante da rejeição da última contraproposta, notificará a empresa sobre a paralisação na próxima sexta-feira. O coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, deixou claro que, sem a consideração dos três eixos de reivindicações aprovados pela categoria, não faria sentido submeter a proposta da Petrobras às assembleias.

A greve planejada é um reflexo não apenas das insatisfações em relação às negociações salariais e de benefícios, mas também demonstra a mobilização e união da classe trabalhadora em busca de condições mais justas. A expectativa é de que essa paralisação traga à tona a importância do diálogo entre as partes e as consequências que a falta de acordo pode trazer para a empresa e seus funcionários.

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