Greve de Professores em Alagoas: Vigília Pressiona Governador por Negociações e Reajuste de 10% em Meio a Reivindicações Urgentes

Na tarde desta terça-feira, 8 de agosto, professores da capital e do interior de Alagoas decidiram unir forças em uma vigília em frente ao Palácio República dos Palmares, em Maceió. O objetivo da mobilização é pressionar o governador Paulo Dantas a abrir um canal de diálogo com o sindicato que representa a categoria. Desde o dia 1º de julho, os profissionais da Educação Estadual estão em greve, reivindicando melhorias e condições dignas de trabalho, além de um reajuste salarial justo.

De acordo com Izael Ribeiro, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (Sinteal), a vigília é apenas o primeiro passo de uma série de atividades planejadas para essa quarta-feira. Os educadores estão determinados a fazer ouvir suas demandas e buscam um entendimento que promova mudanças significativas no setor educacional.

Antes de se estabelecerem na frente do Palácio, os professores realizaram uma assembleia no Centro Cultural do Sinteal, onde debateram as questões que estão em pauta. Após a reunião, a categoria marchou até a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), onde reiterou a solicitação de negociações com o governo.

Uma das principais questões em discussão é a proposta de reajuste salarial de 4,83% apresentada pelo governador. Essa proposta foi amplamente rejeitada pela classe, que está demandando um aumento de 10%. Izael Ribeiro destacou que, levando em consideração o crescimento do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB), é imprescindível que o governo aplique pelo menos 70% desse montante no pagamento dos profissionais da educação. “Exigimos respeito por parte do governo e que nossas reivindicações sejam atendidas”, declarou Ribeiro.

Além do aumento salarial, a pauta dos professores inclui demandas por melhorias na infraestrutura das escolas, melhores condições de trabalho e valorização profissional, questões que são consideradas fundamentais para a qualidade da educação em Alagoas. A mobilização dos educadores é um reflexo da insatisfação com a falta de diálogo e o descaso histórico que a categoria enfrenta, e eles afirmam que a luta continua até que suas demandas sejam atendidas.

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