Os trabalhadores, que estão há meses enfrentando a incerteza quanto ao recebimento de seus salários, relataram que o hospital deve pagamentos desde abril até outubro deste ano, além do não cumprimento de ajustes relacionados ao piso salarial da enfermagem. Frustrados e ansiosos, os profissionais decidiram interromper suas atividades como forma de pressionar a administração do hospital a tomar medidas eficazes para regularizar a situação.
Cinthia Carvalho, presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Alagoas, esteve presente no protesto e enfatizou a seriedade da situação enfrentada pelos trabalhadores. Em suas declarações, ela destacou que a dívida salarial é alarmante, abrangendo meses de trabalho não remunerado. “A situação desses trabalhadores está insustentável. Ninguém aguenta mais,” afirmou a representante sindical, ressaltando a necessidade urgente de uma solução.
Além de obstruir a Avenida Fernandes Lima, a mobilização atraiu a atenção de diversos veículos de comunicação e da população, que se solidarizou com os servidores da saúde. O Departamento Municipal de Transportes e Trânsito (DMTT) emitiu um comunicado informando que, embora uma faixa em frente ao hospital estivesse liberada, duas faixas na mesma direção estavam fechadas devido ao protesto. As autoridades orientaram motoristas a utilizarem rotas alternativas para minimizar os transtornos no tráfego.
A greve, que terá duração indefinida, busca não apenas o pagamento das pendências salariais, mas também a defesa dos direitos trabalhistas dos profissionais de saúde, que desempenham uma função essencial em um momento delicado para o setor. A mobilização evidencia a importância de garantir condições dignas de trabalho para aqueles que estão na linha de frente do atendimento à saúde da população.









