Os trabalhadores expressaram uma série de reivindicações que motivaram a suspensão das atividades. Entre os principais pontos levantados estão o atraso no pagamento de salários e do vale-alimentação, demissões em massa sem a devida quitação das verbas rescisórias, além da falta de pagamento das férias dos funcionários desde outubro do ano passado. A situação se agrava ainda mais com a ausência de depósitos do FGTS e o não recolhimento do INSS, que são direitos fundamentais dos trabalhadores. Outras queixas incluem o não repasse de pensões alimentícias e empréstimos consignados, o cancelamento abrupto do plano odontológico e as condições precárias em que os ônibus estão operando, caracterizadas por falta de manutenção e até infestação de baratas.
Os representantes do Rio Ônibus e do Consórcio Intersul se manifestaram sobre a situação, reconhecendo a gravidade da crise que o setor enfrenta. Em nota, destacaram que a situação atual é um reflexo dos obstáculos que afetam o transporte coletivo na cidade, reiterando a esperança de que um acordo possa ser alcançado entre os trabalhadores e as empresas de transporte, permitindo assim a normalização das operações. Essa situação evidencia a necessidade urgente de soluções para os problemas que afetam tanto os trabalhadores quanto a população carioca.
A lista das linhas de ônibus que estão sem circulação devido à greve inclui a Real Auto Ônibus, que opera as linhas 105, 108, 110, 112, 181, 222, 309, 315, 460, 463 e 538, e a Transportes Vila Isabel, com as linhas 163, 222, 432, 433, 439 e 548. A expectativa agora é que as partes envolvidas se reúnam para discutir uma resolução que atenda às necessidades e direitos dos funcionários, ao mesmo tempo em que se restabelece o serviço essencial de transporte para a população.
