A reação dos bancos ocorre em meio a uma nova turbulência no setor, principalmente entre os bancos de médio porte, devido a problemas no segmento imobiliário comercial norte-americano. Kevin Fromer, presidente do Financial Services Forum, destacou que “vários testes de estresse hipotéticos, assim como os da pandemia e da turbulência bancária do ano passado, mostraram que os maiores bancos dos EUA podem – e agem – como um baluarte para a economia e o setor financeiro”.
Ele também criticou as novas regras de Basileia III, que definem o quanto os bancos podem emprestar sem comprometer o seu capital, afirmando que essas regras duplicariam o exercício do teste de estresse, impondo custos desnecessários aos bancos, poupadores, investidores e à economia em geral.
O Federal Reserve anunciou que vai testar o desempenho de 32 bancos em um cenário hipotético de recessão severa com estresse elevado no setor imobiliário comercial e residencial, além do mercado de dívida corporativa, e os resultados serão conhecidos em junho próximo. Este será o 15º teste realizado pelo Fed para avaliar a saúde financeira dos bancos nos EUA, e segundo Fromer, os critérios divulgados representam uma “continuação dos padrões altamente rigorosos” aplicados às maiores instituições financeiras do país.
Portanto, a postura dos grandes bancos norte-americanos é de confiança em relação à sua capacidade de resistir a cenários de estresse severo e de cumprir com as exigências regulatórias, ao mesmo tempo em que se mostram céticos em relação às novas regras propostas que imporiam custos adicionais desnecessários. A divulgação dos resultados do teste em junho será aguardada com grande expectativa pelo setor e por analistas financeiros.