De acordo com o secretário extraordinário de Controle de Desmatamento e Ordenamento Ambiental Territorial do MMA, André Lima, 21 municípios concentram 50% dos incêndios na região amazônica. Por isso, serão instaladas frentes multiagências nas regiões entre Porto Velho e Humaitá, em Rondônia e Amazonas, Apuí no Amazonas e Novo Progresso no Pará.
Essas frentes multiagências reunirão órgãos federais e estaduais, como o Ibama, ICMBio, Funai, Incra, Polícia Federal, entre outros, para combater as novas ignições de incêndio. Atualmente, já existem 360 frentes de incêndios atuando na região Norte do país, com mais de 1,4 mil brigadistas em ação. Desde janeiro deste ano, mais de 59 mil focos de incêndio foram registrados na Amazônia, o pior número desde 2010.
A fumaça das queimadas já atinge cidades de dez estados, afetando a qualidade do ar e levando o governo a adotar medidas emergenciais. Imagens do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos revelam uma concentração de monóxido de carbono sobre uma extensa área que abrange o Norte do Brasil até as regiões Sul e Sudeste.
O governo destaca a atuação conjunta entre órgãos federais e estaduais para combater os incêndios, com a organização das frentes sendo conduzida pelo Centro Integrado Multiagências de Coordenação Operacional Nacional (Ciman). A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, ressaltou a importância da parceria nos esforços para conter os incêndios florestais, destacando a atuação da polícia para punir práticas ilegais de queimadas na região.
Com o aumento dos focos de incêndio ilegais na Amazônia, o governo intensifica suas ações para proteger o bioma e impedir danos irreparáveis ao meio ambiente. A mobilização das frentes multiagências e a atuação conjunta dos órgãos competentes são cruciais para combater esse grave problema que afeta não apenas a região amazônica, mas todo o país.