O objetivo central desse novo comitê é estabelecer um canal de comunicação eficaz com a população das áreas costeiras, onde os conflitos têm sido mais agudos. Al-Sharaa enfatizou a importância de sua iniciativa em um contexto marcado por confrontos incessantes entre grupos armados que se opõem ao governo e as forças de segurança. Os recentes conflitos na cidade de Jableh, que envolvem violentos confrontos entre estas facções, já deixaram um saldo alarmante: mais de mil vidas perdidas, a maioria delas de civis, conforme relatado por fontes locais.
Após intensos combates, as autoridades sírias impuseram um toque de recolher na região, enquanto o presidente interino convocou os grupos armados a depor suas armas, buscando uma solução pacífica para a crise. Infelizmente, a brutalidade do conflito persiste, com relatos de uma “operação de limpeza étnica” resultando na morte de centenas de civis da comunidade alauíta, o que gera uma apreensão ainda maior no cenário.
A criação desse comitê representa uma tentativa do novo governo de restaurar a ordem e a confiança da população. Em suas declarações, al-Sharaa reafirmou o compromisso em governar de forma moderada, assegurando que as minorias seriam protegidas, numa tentativa de apaziguar temores e preocupações em relação ao futuro da Síria.
Este contexto delicado é parte de uma sequência de eventos que se intensificaram desde a queda do ex-presidente Bashar al-Assad em dezembro de 2024. Desde então, a Síria tem se debatido entre tensões políticas e sociais, desafiando a estabilidade e a segurança em um país já marcado por anos de conflito. O futuro da paz e da unidade nacional dependerá da eficácia deste novo comitê e da vontade de todos os envolvidos em encontrar um caminho para a reconciliação.