A justificativa apresentada pelo setor da construção civil é que a sistemática atual acaba privilegiando as operações com imóveis usados em detrimento dos imóveis novos. Eles argumentam que a produção de novas unidades gera empregos, o que é muito importante para o setor e para a economia em geral.
Vale ressaltar que a medida não afeta a compra de imóveis novos, para os quais o desconto do FGTS continuará sendo integral. Nesses casos, o desconto pode chegar a até R$ 55 mil, dependendo da renda familiar.
No entanto, como a medida só entrará em vigor daqui a 60 dias, a redução no valor do subsídio para a compra de imóveis usados neste ano deve ter um impacto insignificante. Os efeitos dessa mudança serão mais perceptíveis no próximo ano.
Apesar de ter reduzido o percentual do subsídio, o governo argumenta que favorecer a compra de imóveis usados também é uma forma de reduzir o déficit habitacional do país.
Vale lembrar que o programa Minha Casa Minha Vida, criado pelo PT em 2009, inicialmente se limitava a imóveis novos. No entanto, o programa Casa Verde e Amarela, lançado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, incluiu imóveis usados, com um limite de 30% de subsídio. Em junho deste ano, o governo elevou esse limite para 70%, mas, diante das críticas do setor da construção civil, decidiu reduzi-lo novamente, agora para 50%.
O orçamento do FGTS para o programa Minha Casa Minha Vida neste ano é de R$ 85,6 bilhões, dos quais R$ 9,5 bilhões são destinados ao desconto. Até o momento, 75% desse montante já foram emprestados.
É importante destacar que as informações apresentadas acima não foram confirmadas oficialmente pelo Ministério das Cidades. Weeiter+(Pressione ENTER)