Pietro, que ocupava o cargo de presidente do Conselho de Administração da Petrobras há aproximadamente um ano, também é secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia, indicação feita pelo ministro Alexandre Silveira. A ação judicial alegou conflito de interesses entre a Secretaria de Pietro e a Petrobras, levando ao seu afastamento.
Além de Pietro, outro representante da União no conselho, Sérgio Rezende, também foi afastado recentemente. Com as decisões judiciais, a União ficou com apenas quatro dos 11 assentos no colegiado. A AGU pretende recorrer das decisões para garantir a recondução dos dois rapidamente, visando não ficar desfalcada na próxima reunião do conselho marcada para o dia 25.
A disputa entre Silveira e o presidente da Petrobras, Jean Prates, intensificou-se na última semana, com críticas públicas do ministro ao executivo. Silveira questionou o engajamento de Prates nos projetos do governo, como investimentos em fertilizantes, refino e biocombustíveis. No entanto, segundo auxiliares do ministro, o Conselho de Administração desempenha um papel crucial na definição dos rumos da empresa.
O presidente do conselho tem o poder de pautar reuniões, discutir e decidir estrategicamente sobre os assuntos da empresa. Mesmo não estando envolvido no dia a dia da Petrobras, sua influência é significativa. Com a pressão do governo para reconduzir seus representantes ao conselho, a batalha jurídica e política promete continuar a mobilizar esforços nos próximos dias.