Tebet sublinhou que seu compromisso é assegurar que todos os prejudicados sejam ressarcidos. Caso os recursos obtidos por meio da apreensão de bens das associações investigadas não sejam suficientes, a União garantirá um complemento com recursos públicos. No entanto, a ministra destacou que haverá critérios rigorosos para garantir que as compensações sejam feitas apenas a quem realmente possui direito. “Temos a responsabilidade de restituir apenas aqueles que são legítimos beneficiários”, afirmou, alertando sobre a possibilidade de pessoas mal-intencionadas alegarem ser vítimas para obter indenização.
A gravidade das fraudes foi enfatizada por Tebet, que os classificou como crimes contra a pátria, em virtude do impacto que causam nas camadas mais vulneráveis da população. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já está ciente da situação e demandou rapidez e transparência no processo de investigação e ressarcimento. A partir da próxima semana, as equipes do Orçamento e da Fazenda iniciarão os trabalhos para identificar os afetados e proceder com as devoluções.
Além de discutir as fraudes, o evento também abordou temas de infraestrutura. Durante a ocasião, Tebet destacou a importância de investimentos para o fortalecimento das ferrovias no Brasil, enfatizando a necessidade de parcerias com fundos internacionais, dentre eles, a colaboração com a China em projetos ferroviários. O leilão da chamada “Rota da Celulose” foi um dos pontos centrais do evento, conectando estados brasileiros a países vizinhos e com potencial de facilitar o comércio com o gigante asiático. Com essa abordagem, o governo busca não apenas combater as fraudes, mas também impulsionar o desenvolvimento econômico do país, gerando novas oportunidades de crescimento e integração regional.