Na avaliação do governo brasileiro, tais declarações não correspondem à realidade das relações bilaterais, historicamente baseadas em um princípio de respeito mútuo e interesse compartilhado. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que se manifestou nas redes sociais para parabenizar Trump por sua posse, enfatizou uma visão de parceria entre as nações, onde a colaboração deve prevalecer sobre a ideia de dependência.
As palavras de Trump foram proferidas durante um encontro com jornalistas na sua cerimônia de posse, onde ele deveria se comprometer a fortalecer os laços com a América Latina. O presidente brasileiro reiterou que o Brasil e os Estados Unidos possuem uma relação de longa data que se estende além de interesses momentâneos, e que qualquer impressão de superioridade ou necessidade unidirecional não se sustenta na prática da diplomacia contemporânea.
Além disso, especialistas em relações internacionais observam que a dinâmica entre Brasil e EUA evoluiu ao longo dos anos, com cada país reconhecendo a autonomia e a importância do outro em um contexto global mais amplo. O governo Lula parece estar ciente dos desafios de manter uma postura independente enquanto se navega nas complexidades geopolíticas, e a linguagem adotada reflete um desejo de assegurar que o Brasil continue a ser visto como um parceiro respeitável e não como um dependente das decisões norte-americanas.
No cenário atual, as relações externas exigem uma negociação constante e a habilidade de lidar com diversas narrativas. Assim, a posição do governo brasileiro não apenas busca reafirmar a soberania nacional, mas também estabelece um compromisso com o fortalecimento das relações com todos os países da região, ressaltando a importância da diplomacia e do diálogo em tempos de incerteza.