O temor de que manifestações pró-Bolsonaro possam tomar as ruas de Brasília, especialmente nas proximidades do Planalto e da Praça dos Três Poderes, levou a equipe de Lula a reforçar a segurança. Conforme declaração de um auxiliar palaciano, há uma preocupação latente com o potencial de motins, que são objeto de contínua observação pelas autoridades. Além disso, a avaliação sobre o clima de tensão nas redes sociais também será parte do monitoramento.
Outro fator que contribui para esses esforços é a pressão externa que o governo brasileiro enfrenta, especialmente dos Estados Unidos, manifestada por meio de tarifações e sanções que podem vir a “inflamar” as manifestações em defesa de Bolsonaro. O ex-presidente e seus aliados enfrentam acusações de diversos crimes, incluindo violação ao Estado Democrático de Direito e formação de organização criminosa armada.
Os réus, que incluem figuras proeminentes como ex-ministros e outros assessores próximos de Bolsonaro, poderão enfrentar penas que variam de seis meses a 17 anos, dependendo da gravidade das infrações que lhes são imputadas. A PGR defende que, caso sejam condenados, as penas sejam acumulativas, refletindo a seriedade das acusações.
O capítulo que se abre neste julgamento é significativo, não apenas pelo peso das acusações, mas também pela atmosfera política tensa que permeia o Brasil atualmente. Assim, enquanto o governo Lula se prepara para o feriado, os desdobramentos da situação deverão ser acompanhados de perto, por conta da relevância e das possíveis repercussões que podem ocorrer nas ruas. Com a interseção entre a política, a segurança pública e a liberdade de expressão em jogo, os próximos dias prometem ser cruciais para a definição do cenário político nacional.