A situação se agrava com o anúncio dos partidos de que seus ministros deverão se desligar de seus cargos em um prazo de 30 dias, o que acentua a percepção de que o governo Lula carece de uma coalizão sólida e coesa. Mendonça destacou que, desde o início do mandato, o presidente tem se esforçado para construir uma aliança política eficiente, mas sem sucesso. “Desde o primeiro dia do governo Lula, ele busca uma base de sustentação no Parlamento, mas, claramente, não a encontra”, afirmou o deputado, evidenciando a precariedade da articulação do governo em um período que exigiria maior robustez.
Além de criticar a falta de uma aliança política, Mendonça Filho também abordou a gestão política do presidente. O deputado acusou Lula de se distanciar da proposta de unidade nacional que foi um dos pilares de sua campanha. “O que se observa é uma tendência crescente de ideologização e radicalização, especialmente influenciada pelas forças do PT”, comentou. Essa mudança de rota pode ser interpretada como um afastamento das expectativas de muitos brasileiros que esperavam um governo mais conciliador e disposto a dialogar.
Em um exercício de prospecção política, Mendonça Filho olhou para o futuro, especialmente em relação às eleições de 2026. Ele indicou que o União Brasil poderá se alinhar de forma mais significativa à oposição, mencionando o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, como um potencial pré-candidato forte à presidência. Essa movimentação dentro do cenário político nacional sugere que as ambições e estratégias dos partidos podem estar se reconfigurando, em resposta à crise de governabilidade enfrentada atualmente.