Essa abordagem vem à tona em meio a um cenário de inflação significativa, especialmente no setor alimentício, que teve uma das taxas mais altas, alcançando 7,69% no último ano. Essa taxa está acima da média geral da inflação do país, que foi de 4,83%. O governo busca, assim, alternativas para amenizar os impactos da alta dos preços no bolso do cidadão.
Rui Costa fez questão de frisar que essa proposta não envolve medidas drásticas, como congelamento ou tabelamento de preços, e que não se pretende implementar uma fiscalização excessiva nos supermercados ou feiras. “Não haverá intervenção direta no comércio. Não queremos um Estado controlando cada preço. O que buscamos é atuar de forma a facilitar a entrada de produtos importados, de modo que a concorrência ajude a equilibrar os preços”, ressaltou o ministro.
Além das questões relacionadas à importação, o cenário econômico nacional é influenciado por outros fatores, como as altas do dolar e condições climáticas adversas. O novo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, apontou que a inflação em 2024 foi exacerbada por mudanças climáticas que afetaram a produção agrícola, como secas que prejudicaram a pastagem e a agricultura, impactando diretamente os preços de carnes, leite, café e laranja.
Com as medidas propostas pelo governo, a expectativa é que uma ação conjunta entre aumento da oferta de alimentos importados e a adjustments nos preços internos possam reduzir o impacto inflacionário sobre a população, proporcionando alívio em um cenário econômico desafiador.
