Governo Lula articula contra-ataque aos projetos do “pacotão da segurança” aprovados pela Câmara sob patrocínio de Arthur Lira.

O governo Lula, por meio do Ministério da Justiça, está se preparando para contra-atacar o chamado “pacotão da segurança”, aprovado recentemente pelos deputados federais sob a liderança do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Esse pacote, composto por projetos que abordam temas como castração química para pedófilos, anistia a portadores de armas ilegais e internações compulsórias, foi aprovado na quinta-feira passada, como foi noticiado pelo Metrópoles.

A estratégia do Ministério da Justiça agora é tentar barrar esses projetos no Senado, onde ainda precisam passar por análise antes de seguirem para a sanção presidencial. O secretário para Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça, Marivaldo Pereira, afirmou que pretende dialogar com senadores no início do próximo ano com o intuito de impedir que esses projetos, que considera prejudiciais à segurança pública, sejam aprovados.

Além disso, o governo planeja que parlamentares aliados realizem audiências públicas no Senado para discutir os temas abordados nos projetos, e isso incluiria a participação de representantes de outros ministérios.

Marivaldo Pereira destacou que o governo se opôs a vários pontos dos projetos, conseguiu fazer alterações, mas não conseguiu remover a questão da anistia para indivíduos que possuem armas irregulares. Ele ressaltou a falta de demandas da sociedade nos projetos aprovados, citando a ausência de discussão sobre câmeras corporais, por exemplo.

Por outro lado, membros do governo Lula afirmam terem sido surpreendidos pela votação e aprovação rápida das propostas do pacote de segurança, que foram em sua maioria apresentadas por deputados da oposição. Acreditam que os parlamentares da oposição aproveitaram a distração do governo com outras questões para impulsionar a aprovação dessas medidas.

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