A crise de incertezas orçamentárias fez com que o governo enfrentasse obstáculos significativos no fluxo de recursos para o crédito rural. Sem um orçamento aprovado, as limitações impostas pela legislação vigente permitem que o Executivo utilize apenas 1/12 do que foi previsto para o ano, o que restringe severamente as operações financeiras voltadas ao agro. Essa situação se tornou insustentável e levou à necessidade de uma ação mais imediata.
A realidade do campo se intensificou com a crítica de diversos representantes do setor agropecuário, que alegaram falta de planejamento por parte do governo em relação aos recursos do Plano Safra. A pressa se fez ainda mais evidente, uma vez que a suspensão dos novos financiamentos gerou reações exacerbadas entre os produtores, que dependem diretamente do acesso a créditos para manter suas operações durante o ciclo agrícola.
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, mencionou que a equipe do governo estava ciente das dificuldades enfrentadas pelos agricultores e buscou constantemente uma solução antes que os efeitos da suspensão se tornassem críticos. O acordo com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo Fávaro, era evitar qualquer interrupção prolongada que pudesse prejudicar ainda mais os trabalhadores rurais.
Com a promulgação da MP, o governo almeja retomar a normalidade no financiamento aos produtores na próxima semana, aliviando a pressão sobre um setor fundamental da economia brasileira. A expectativa é que essa medida traga alívio imediato e minimize os impactos adversos que a paralisação dos créditos poderia provocar, assegurando a continuidade das atividades no campo e contribuindo para a estabilidade do agronegócio no país.