O principal objetivo dessa colaboração é promover um cuidado intersetorial que favoreça a saúde da população com deficiência, ao mesmo tempo em que se busca potencializar o esporte paralímpico no Brasil. Araújo enfatizou a importância do acesso ao esporte para esse grupo, afirmando: “Através dessa parceria, poderemos descobrir talentos e oferecer às pessoas com deficiência a oportunidade de praticar esportes no SUS.” Ele admitiu que esse processo não será imediato, mas reafirmou o compromisso de implementar as atividades já a partir deste ano.
Dentro das metas estipuladas, a expectativa é que, pelo menos, 10% dos centros de referência existentes adotem o paradesporto. Além disso, 53 novas unidades estão em fase de construção, com recursos do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Essas unidades serão equipadas com quadras poliesportivas adaptadas, uma exigência que busca garantir um ambiente acessível para a prática de atividades esportivas.
O Ministério do Esporte também planeja implementar iniciativas como os programas Semear e TEAtivo, voltados, respectivamente, para incentivar a prática esportiva entre crianças a partir de seis anos e para atender crianças e adolescentes com transtorno do espectro autista.
Arthur Medeiros, coordenador da área no Ministério da Saúde, acrescentou que uma das novidades é a inclusão obrigatória de profissionais de educação física nos centros de reabilitação, ao lado de médicos, fisioterapeutas e fonoaudiólogos, reforçando assim a promoção de atividades esportivas.
Esses esforços se inserem no novo Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, intitulado “Viver sem Limite”, coordenado pelo Ministério dos Direitos Humanos. O governo está em busca de recursos adicionais por meio do Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência (Pronas/PCD).
O deputado Douglas Viegas, do União-SP, manifestou apoio a essa iniciativa, ressaltando a necessidade de aprovar emendas parlamentares que fortalezam o orçamento para o desenvolvimento esportivo de pessoas com deficiência em todo o Brasil. Viegas também é autor da proposta que visa destinar parte das emendas para programas de esporte, com o potencial de beneficiar o setor em até R$ 750 milhões.
Cerca de 8,9% da população brasileira acima de dois anos apresenta algum tipo de deficiência, o que equivale a aproximadamente 18,6 milhões de pessoas. Com apenas 25% dos municípios oferecendo ações voltadas para o desenvolvimento esportivo dessa população, a Secretaria Nacional de Paradesporto terá um orçamento de R$ 37,6 milhões em 2025 para democratizar o acesso à atividade física, promovendo inclusão social e cidadania.
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