Ricardo Cappelli, secretário-executivo do Ministério da Justiça, confirmou a informação durante o lançamento do programa Celular Seguro, afirmando que a intenção é transformar o smartphone roubado em “um pedaço inútil de metal”. Ele também revelou que há discussões em andamento com a Meta, controladora do Facebook, Instagram e WhatsApp, para avançar nessa questão de bloqueio das redes sociais nos aparelhos roubados.
A preocupação com os criminosos que obtêm dados das vítimas através das redes sociais conectadas aos aparelhos ou usam ilegalmente os perfis das pessoas é um dos principais motivos por trás da iniciativa. Além disso, também há discussões em andamento com plataformas de transporte e entrega, como Uber, iFood e 99, para aumentar a segurança dos usuários.
A Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec), representante do setor, manifestou apoio à iniciativa do Governo Federal em lançar o programa Celular Seguro, e as associadas 99, iFood e Uber assinaram carta de intenção com o Ministério da Justiça e Segurança Pública para se integrarem ao sistema e contribuírem para ampliar a segurança de motoristas, entregadores e usuários em todo o Brasil.
Com a implantação do Celular Seguro, as vítimas de furto e roubo de dispositivos móveis poderão bloquear o aparelho e aplicativos digitais em poucos cliques. O registro do usuário será feito com a mesma conta utilizada no gov.br, e cada pessoa cadastrada no Celular Seguro poderá indicar outras para efetuar os bloqueios da linha telefônica em caso de roubo, furto ou extravio.
Além disso, será possível que a própria vítima bloqueie o aparelho acessando o gov.br por um computador. O cadastro de “pessoas de confiança” é opcional e, se registradas como contatos de emergência, elas não terão acesso aos dados do celular, podendo apenas comunicar o crime no site ou aplicativo Celular Seguro, gerando o bloqueio do aparelho e de aplicativos.
O processo de bloqueio das contas bancárias e dos aparelhos celulares será feito pelas empresas participantes conforme os termos de uso do site e do aplicativo, e as empresas de telefonia também estão previstas para efetuar o corte das linhas até fevereiro como parte do programa Celular Seguro. O site já está acessível, e o aplicativo estará disponível a partir de quarta-feira para Android e iOS. Com essa nova ferramenta, o governo espera dar um passo importante na proteção dos cidadãos e na redução dos crimes relacionados a aparelhos roubados.