Enquanto isso, nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump decidiu cortar o financiamento para a Organização Internacional para as Migrações (OIM), que é o braço da ONU que apoia a operação Acolhida. Diante dessa situação, as autoridades brasileiras estão buscando alternativas para reduzir os impactos da ausência das equipes da OIM na operação logística e na gestão de abrigos.
Segundo informações da Casa Civil, foram tomadas ações emergenciais como a realocação de servidores das áreas de saúde, assistência social, Polícia Federal e Defesa para garantir a continuidade das atividades essenciais. Além disso, a licitação em andamento, se concretizada nos termos propostos, poderá quase dobrar o valor gasto com a alimentação da operação Acolhida.
Atualmente, a empresa responsável pelo fornecimento de alimentação é a Paladar Nutri, que tem um contrato de R$ 102 milhões firmado em 2023. Com as novas regras incluídas no edital de licitação, o valor total da contratação pode chegar a cerca de R$ 180 milhões, representando um aumento de aproximadamente 76%.
A Paladar Nutri manifestou sua preocupação com algumas modificações feitas no edital da licitação, alegando que essas alterações poderiam comprometer os avanços e boas práticas estabelecidos anteriormente, colocando em risco o atendimento das necessidades nutricionais dos refugiados. Vale ressaltar que em 2024, uma outra licitação da Operação Acolhida foi suspensa por suspeita de irregularidades pela juíza federal Jaiza Maria Pinto Fraxe, do Amazonas.
Até o momento, o Ministério da Defesa não se manifestou sobre o assunto.