Governo federal propõe R$ 680 milhões em compensação financeira ao RS durante audiência de conciliação encabeçada por Eduardo Leite

Em uma audiência de conciliação realizada nesta terça-feira, dia 25, o governo federal apresentou uma proposta ao Rio Grande do Sul para auxiliar o Estado que tem sido devastado por enchentes. A proposta inclui a antecipação de R$ 680 milhões em compensação financeira pela perda de arrecadação de ICMS, bem como um adiantamento de R$ 4,5 milhões em precatórios, dívidas judiciais que seriam pagas somente em 2025.

O governador Eduardo Leite aceitou a proposta, independentemente da continuidade da ação que solicita a extinção de toda a dívida do Rio Grande do Sul com a União. O acordo foi discutido durante uma reunião no gabinete do ministro Luiz Fux, que contou com a presença do advogado-geral da União, Jorge Messias, do ministro Paulo Pimenta, do secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, do governador Eduardo Leite, do subprocurador-geral Luiz Augusto Santos Lima, do procurador-geral do Rio Grande do Sul, Eduardo Cunha da Costa, da secretária da Fazenda do Estado, Priscilla Santana, e de representantes da seccional gaúcha da Ordem dos Advogados do Brasil.

Além disso, ficou acertada a continuação do diálogo e do empenho mútuo para a elaboração de outras medidas de auxílio financeiro ao Estado, com uma nova audiência de conciliação agendada para o dia 13 de agosto, após o recesso judiciário.

Essas negociações surgem após a Ordem dos Advogados do Brasil ajuizar uma ação para anular a dívida do Rio Grande do Sul, alegando que esse débito, mesmo suspenso por 36 meses pelo governo federal, “impede a reconstrução” do Estado. A OAB argumenta que a extinção da dívida seria uma “medida humanitária” diante do desastre no Estado, afirmado que o valor do passivo do Estado com a União chega a R$ 100 bilhões.

Por outro lado, a Advocacia-Geral da União defende que o governo Lula já propôs um pacote de flexibilização das regras fiscais para auxiliar na reconstrução do Estado, proporcionando um “alívio financeiro” de R$ 31,9 bilhões.

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