A notícia foi inicialmente divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo e posteriormente confirmada pelo Estadão. A expectativa é de que o anúncio oficial seja feito na próxima segunda-feira, dia 27, pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento e da Indústria, Geraldo Alckmin. A intenção é atender às grandes empresas dos setores industrial e agrícola que não foram contempladas nas primeiras medidas de crédito anunciadas há duas semanas.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) será o responsável por operacionalizar esses novos financiamentos, com recursos provenientes do governo para oferecer taxas de juros abaixo do mercado. Diferentemente das linhas de crédito anteriores, essas empresas não terão garantia do Tesouro, uma vez que a Fazenda acredita que possuem garantias próprias e o objetivo é apenas reduzir o custo do financiamento.
Uma medida provisória será editada para viabilizar a transferência de recursos para o BNDES, sem que essa despesa seja considerada no cumprimento da meta de resultado primário. Com essa medida, o governo espera finalizar a primeira etapa de auxílio às empresas e indivíduos afetados pelas inundações no Rio Grande do Sul, mantendo o controle sobre os custos.
Além do crédito para grandes empresas, o governo também anunciou medidas de auxílio para pequenas e médias empresas, com garantias do Tesouro. Essas linhas de crédito começaram a operar na sexta-feira, 24, com a preparação dos bancos e treinamento do pessoal.
Outras medidas adotadas incluem o Vale Reconstrução, com um custo inicial de R$ 500 milhões, o congelamento da dívida estadual por três anos, a suspensão temporária da cobrança de tributos pela Receita Federal, a antecipação de pagamentos do INSS e a liberação do FGTS.
Apesar da urgência em ajudar o Estado, a equipe econômica tem adotado uma abordagem cautelosa, implementando as ações de socorro passo a passo para evitar danos duradouros nas contas públicas. Ideias como auxílio emergencial e perdão da dívida foram consideradas, mas acabaram sendo descartadas em favor das soluções alternativas propostas pelo Ministério da Fazenda.