O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou as medidas para contenção de despesas federais na última quinta-feira (28/11). O intuito é equilibrar a relação entre os gastos públicos e a arrecadação, visando uma economia de R$ 327 bilhões no período de 2025 a 2030, sendo que R$ 70 bilhões seriam economizados nos próximos dois anos.
O corte de despesas do governo federal abrange diversas áreas da administração, incluindo medidas como revisão de gastos e restrição a benefícios. A fórmula de reajuste do salário mínimo será alterada para conter as despesas com Previdência, além de restrições nos benefícios dos militares e a implementação da biometria para beneficiários de programas previdenciários, visando reduzir fraudes e controlar os gastos.
A necessidade de um plano de restrição de despesas era uma demanda crescente, visando o cumprimento do arcabouço fiscal, que estabelece metas anuais. Para 2028, por exemplo, o país precisa atingir um superávit de 1% do Produto Interno Bruto (PIB), estimado em R$ 150,7 bilhões.
Os cortes propostos pelo governo foram considerados abaixo do esperado pelo mercado, resultando em queda na Bolsa de Valores e no aumento do dólar. A moeda estrangeira iniciou a semana cotada a R$ 5,80 e encerrou nesta segunda-feira em R$ 6,06, evidenciando as reações do mercado financeiro às medidas apresentadas pelo governo.
Diante desse cenário, o debate sobre a necessidade de controle de gastos e equilíbrio fiscal deve ganhar ainda mais destaque nos próximos dias, com repercussões tanto na esfera econômica quanto política.