Um dos principais assuntos que aguardam deliberação é o Orçamento de 2025. Com os trâmites legislativos atrasados, a Lei Orçamentária Anual (LOA) não foi votada no ano vigente, o que impõe limitações ao Poder Executivo. A votação da LOA ficou para fevereiro de 2025, após as eleições das próximas Mesas Diretoras da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, o que culminará na liberação de despesas consideradas essenciais ou obrigatórias apenas até o limite previsto no projeto orçamentário.
Outro tema relevante é a reforma tributária, que avançou em 2024 com a aprovação do texto principal sobre a unificação de cinco impostos vigentes no país. No entanto, ainda é necessária a análise de um segundo texto que aborda questões complementares, como o Comitê Gestor do IBS e a incidência do ITCMD. A busca por equilíbrio entre as demandas econômicas e a garantia de justiça fiscal permanece como desafio para o governo.
A reforma da renda também desponta como um ponto de interesse para o próximo ano, com a proposta de ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física. A necessidade de compensação para a menor arrecadação decorrente da isenção levanta debates sobre a criação de um imposto para lucros e dividendos superiores a determinado valor. O equilíbrio entre a necessidade de justiça fiscal e a manutenção da arrecadação será tema de discussões em 2025.
Além disso, a autonomia do Banco Central, a desoneração da folha de pagamento e as medidas de compensação para os setores econômicos impactados pelas mudanças na legislação tributária também figuram entre os desafios econômicos que o governo terá que enfrentar no próximo ano. A busca por equilíbrio entre as demandas do mercado financeiro e as necessidades da população brasileira se coloca como um dos principais desafios para a agenda econômica de 2025.