O pedido de transferência foi formalizado pelo governador Cláudio Castro e rapidamente ganhou atenção do governo federal, levando o vice-presidente Geraldo Alckmin — que assume a liderança do Planalto na ausência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva — a convocar uma reunião de emergência no Palácio do Planalto. O encontro, que contou com a presença de diversos ministros e durou cerca de duas horas, teve como foco a resposta estatal a essa que já é considerada a operação mais letal na história do estado.
Durante a reunião, estiveram presentes, entre outros, os ministros Sidônio Palmeira, Gleisi Hoffmann e Macaé Evaristo, além do secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Manoel Carlos. Contudo, o ministro da Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, não participou, uma vez que estava em Fortaleza, no Ceará.
A Secretaria Nacional de Políticas Penais, ligada ao Ministério da Justiça, emitiu um comunicado oficial esclarecendo que a solicitação de vagas para presos considerados de alta periculosidade será atendida, mas dependerá de autorização judicial. O Planalto confirmou que a Casa Civil já havia se posicionado em contato com Cláudio Castro, informando sobre a disponibilidade das vagas.
Além disso, uma comitiva governamental, composta por Lewandowski e Rui Costa, viajará ao Rio de Janeiro para acompanhar a situação de perto. Em um vídeo divulgado em suas redes sociais, o governador destacou que relatórios da Polícia Civil e da Secretaria de Administração Penitenciária revelavam que os líderes do crime continuavam a orquestrar ações criminosas mesmo dentro das prisões estaduais. Essa ação do governo federal e o envio da comitiva ocorre em meio a críticas de Castro ao governo federal, apontando que ele estava atuando de forma isolada na luta contra a crise de segurança pública no estado.
