Uma das principais preocupações do governo é com o perfil das empresas vencedoras do pregão anulado. Algumas dessas empresas não têm histórico de atuação no setor de arroz, o que gerou suspeitas sobre a capacidade delas de fazer a importação e garantir o abastecimento do produto no mercado nacional. Uma das empresas vencedoras, por exemplo, possui como atividade principal a venda de leite e laticínios em Macapá, no Amapá.
Diante desse cenário, o governo federal está trabalhando para garantir que as empresas participantes do leilão tenham capacidade financeira suficiente para cumprir os compromissos assumidos. A exigência de maior capacidade econômica traria garantias de que a importação de arroz será realizada de forma eficaz e que o produto estará disponível para os consumidores dentro do prazo estipulado.
Além disso, o governo está buscando reduzir o preço do arroz importado, especialmente considerando a alta do produto devido às chuvas no Rio Grande do Sul, estado que concentra a maior parte da produção nacional. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) está trabalhando para retirar a cobrança de ICMS sobre o arroz importado, o que pode contribuir para a redução dos preços e o acesso dos consumidores a um produto mais acessível.
Outra medida em estudo pelo governo é a possibilidade de impedir a participação de atravessadores no processo de compra de arroz, garantindo que as propostas sejam feitas diretamente pelas empresas interessadas. Isso visa evitar possíveis irregularidades e garantir a transparência no processo de aquisição do produto.
Em resumo, o governo federal está agindo de forma proativa para corrigir as irregularidades identificadas no leilão de compra de arroz e garantir que a população tenha acesso a um produto de qualidade a preços justos. As medidas em curso visam assegurar a segurança alimentar e a estabilidade do mercado de arroz no país.