No contexto da operação, o governador enfatizou que os detentos, entre os quais se encontram sete componentes da chamada “Comissão do Comando Vermelho”, estariam incitando rebeliões e reações violentas por parte de seus subordinados nas ruas. Essa situação desencadeou um estado de pânico e convulsão em vários pontos da cidade, demonstrando o poder de influência que esses criminosos ainda exercem, mesmo atrás das grades.
O Ministério da Justiça, sob a liderança de Ricardo Lewandowski, rapidamente atendeu ao apelo do governo fluminense, disponibilizando dez vagas em presídios federais. Essa estrutura conta com cinco unidades de regime rígido, as quais são notórias pelo alto isolamento e vigilância. Vale ressaltar que figuras proeminentes da facção, como Fernandinho Beira-Mar e Marcinho VP, já cumprem pena em penitenciárias federais, refletindo a contundência das medidas adotadas.
Entretanto, a decisão sobre a transferência dos detentos ainda se encontra nas mãos da Vara de Execuções Penais do Rio de Janeiro, e todo o processo está envolto em sigilo. Durante a megaoperação, os criminosos da facção realizaram bloqueios em diversas vias da cidade e da Região Metropolitana, utilizando carros e caminhões para formar barricadas, uma ação que, segundo as autoridades, foi ordenada por líderes do Comando Vermelho já encarcerados.
Entre aqueles que devem ser transferidos está Marco Antônio Pereira Firmino, conhecido como My Thor, que é visto como uma figura de destaque na facção. Ele já foi alvo de investigações que apontavam sua atuação no tráfico de cocaína entre São Paulo e o Rio de Janeiro, e na ocasião, a polícia apreendeu dez celulares em sua cela, com alguns deles sendo danificados pelos próprios presos.
A Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) comunicou que a transferência de presos considerados de alta periculosidade está sujeita à autorização judicial e que a alocação dos detidos será realizada com base em análises técnicas da Polícia Penal Federal. Por motivos de segurança, os locais de custódia não são divulgados até que as escoltas sejam concluídas. Essa situação ilustra os desafios contínuos enfrentados pelas autoridades na contenção do crime organizado no país.









