Governo Federal afirma que não foi consultado sobre Operação Contenção no Rio; reunião busca respostas após onda de violência e mortes em comunidades.

O governo federal divulgou, em uma nota oficial nesta terça-feira (28), que não foi consultado pelo governo do Rio de Janeiro nem recebeu solicitações de apoio para a execução da Operação Contenção, uma ação policial que resultou em um número significativo de mortes nos complexos da Penha e do Alemão. Essa declaração foi feita após uma reunião na Casa Civil da Presidência da República, que teve como objetivo monitorar os desdobramentos da referida operação.

O encontro, que foi coordenado pelo presidente em exercício, Geraldo Alckmin, contou com a participação de importantes ministros, como Rui Costa, Gleisi Hoffmann, Jorge Messias, Macaé Evaristo e Sidônio Palmeira, além do secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Manoel Carlos. Durante as discussões, os representantes das forças federais reafirmaram que o governo estadual não havia formalizado qualquer pedido de cooperação. Essa falta de comunicação entre os níveis de governo levanta questões sobre a coordenação de ações de segurança pública em um cenário de crescente violência.

O ministro Rui Costa também se mobilizou para dialogar diretamente com o governador do Rio, Cláudio Castro, oferecendo a possibilidade de vagas em presídios federais para os indivíduos detidos durante a operação. Além disso, Rui Costa sugeriu a realização de uma reunião de emergência para o dia seguinte, 29 de agosto, no Rio de Janeiro. Essa reunião contaria com a presença dele e do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, com o intuito de investigar ações conjuntas que possam ser implementadas em prol da segurança pública.

O Planalto manifestou preocupação em relação à escalada da violência no estado e reiterou seu compromisso em agir “com responsabilidade e respeito à vida” nas iniciativas de combate ao crime organizado. Essa postura aponta para a necessidade de um fortalecimento do diálogo entre a União e os estados, especialmente em momentos críticos como o que se vive atualmente no Rio de Janeiro, onde a violência parece se intensificar, exigindo respostas eficazes e colaborativas das autoridades.

Sair da versão mobile