A revisão da estimativa de crescimento é significativa, pois ela está atrelada a resultados econômicos recentes. O indicador do PIB do segundo trimestre mostrou um crescimento acima das expectativas, atingindo 1,4%. Para o terceiro trimestre, a projeção de crescimento foi ajustada de 0,6% para 0,7%. Entretanto, o boletim do ministério alerta que a taxa de crescimento deve desacelerar nas comparações com os dois primeiros trimestres do ano, considerando uma base de comparação forte e uma redução nos estímulos econômicos, como o aumento real do salário mínimo e os pagamentos de precatórios.
A análise também inclui a previsão de inflação, que foi ajustada de 4,25% para 4,40% para o ano de 2024. Esse aumento aproxima-se do teto da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional, que é de 3%, com uma margem de tolerância de até 1,5 pontos percentuais. A expectativa de inflação foi influenciada pela aceleração nos preços de itens voláteis, especialmente os alimentos, que são impactados por fatores como câmbio e condições climáticas.
O boletim ainda projetou um crescimento de 2,5% para 2025, em parte devido à expectativa de um novo ciclo de aumento da taxa Selic, os juros básicos da economia. Já a previsão de inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2025 passou de 3,3% para 3,6%. O cenário complexificado de crescimento e inflação ressalta a necessidade de monitoramento cuidadoso das políticas econômicas e das condições de mercado, à medida que o governo navega por um panorama desafiador, buscando preservar a estabilidade econômica e promover o crescimento sustentável.