Governo e Congresso Nacional fecham acordo sobre reoneração gradual da folha de pagamento em 17 setores da economia, confirmado por ministro da Fazenda.

O Governo Lula e o Congresso Nacional chegaram a um acordo histórico sobre o modelo de reoneração gradual da folha de pagamento dos 17 setores da economia intensos em mão de obra. O anúncio foi feito pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em uma coletiva de imprensa ao lado do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.

Essa medida de desoneração permite que empresas de 17 setores, que juntos empregam mais de 9 milhões de pessoas, substituam a contribuição previdenciária de 20% sobre os salários dos empregados por uma alíquota sobre a receita bruta do empreendimento, variando de 1% a 4,5% de acordo com o setor e serviço prestado.

O acordo estabelece que a contribuição seguirá sobre o faturamento neste ano, e a partir de 2025 haverá um aumento progressivo da cobrança sobre a folha, começando em 5%. Esse aumento será acompanhado por uma redução gradual do tributo sobre o faturamento, buscando equilibrar a carga tributária.

O acordo agora seguirá para homologação no Supremo Tribunal Federal, com prazo estabelecido até o dia 20 deste mês. Foi ressaltado por Haddad a importância desta data, pois, caso não houvesse a mudança até lá, as empresas teriam que voltar a pagar o tributo de 20% sobre a folha.

No mês passado, o ministro Cristiano Zanin, do STF, suspendeu a desoneração, tornando assim a homologação do acordo crucial para a continuidade deste benefício. Haddad também anunciou que enviará ao Congresso Nacional um projeto com a estimativa do impacto fiscal da proposta e possíveis compensações.

Além disso, foi garantido que o 13º salário permanecerá desonerado até 2027, atendendo a solicitação das empresas. O acordo com os municípios para a manutenção da desoneração será debatido na próxima semana em uma sessão no Senado, com a presença de representantes dos prefeitos e do ministro Haddad.

Este acordo representa um marco na busca pela modernização e equilíbrio da carga tributária no país, trazendo benefícios tanto para as empresas quanto para os trabalhadores desses setores intensivos em mão de obra.

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