Governo dos EUA ordena verificações de portas após incidente com Boeing 737 Max 9 em voo da Alaska Airlines

Após um avião da Alaska Airlines perder uma de suas portas em pleno voo, a Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos determinou que mais de 170 aeronaves do modelo 737 Max 9 ficassem em terra firme para verificações.

Dessa forma, um segundo modelo de aeronave Boeing deverá passar por inspeções, com a agência afirmando que as companhias aéreas deverão inspecionar também os modelos 737-900ER mais antigos, que utilizam o mesmo design de porta.

Em visita ao campus principal da Spirit AeroSystems Holdings em Wichita, Kansas, o CEO da Boeing, Dave Calhoun, afirmou aos engenheiros, mecânicos e inspetores de ambas as empresas que eles serão fundamentais para superar a crise atual. Ele ressaltou a importância de aprender com o incidente ocorrido no voo 1282 da Alaska Airlines. Já o CEO da Spirit AeroSystems, Pat Shanahan, pediu urgência e propósito aos funcionários da empresa.

A Administração Federal de Aviação dos EUA também informou que sua investigação sobre as práticas de fabricação da Boeing examinaria as linhas de produção da Spirit AeroSystems.

A Boeing anunciou várias medidas que tomará para reforçar a qualidade e a supervisão em suas fábricas. Enquanto isso, a United Airlines e a Alaska Air, as únicas operadoras do Max 9 nos EUA, encontraram ferragens soltas durante os exames dos plugues de portas do avião.

As companhias aéreas cancelaram centenas de voos desde que os aviões foram parados. No entanto, a Alaska Airlines disse que havia concluído as inspeções preliminares em um grupo de suas aeronaves Max 9. O CEO da companhia aérea, Ben Minicucci, destacou o “bom progresso” na inspeção da frota de 65 Max 9s, mas não soube informar quando os aviões serão liberados para retomar os voos.

O voo 1282 da Alaska Airlines transportava 171 passageiros e seis membros da tripulação, e partia de Portland para Ontario, no estado da Califórnia, nos EUA. Apesar do incidente, ninguém se feriu gravemente. Porém, o acidente chamou a atenção para possíveis defeitos de fabricação da Boeing e da Spirit AeroSystems.

Os aviões Max foram suspensos após o acidente em 2019, sofreram alterações e, em 2020, a FAA os liberou para voar novamente. A Boeing também concordou em pagar US$ 2,5 bilhões em acordo com o Departamento de Justiça dos EUA, para encerrar uma acusação criminal.

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