Governo do Rio defende atuação policial ao STF após megaoperação que resultou em 121 mortes, enfatizando cumprimento de princípios constitucionais durante enfrentamento ao crime.

Na última semana, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, se reuniu com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, para discutir os desdobramentos da operação mais letal da história carioca, realizada em complexos como a Penha e o Alemão, na zona Norte da capital fluminense. Durante o encontro, o governador defendeu que as ações das polícias Civil e Militar respeitaram os princípios constitucionais, apesar do saldo trágico de 121 mortes, sendo quatro delas de agentes de segurança.

O documento de 26 páginas apresentado pelo governo fluminense argumenta que a complexidade das atividades do Comando Vermelho, uma organização criminosa com forte armamento, justificou o uso proporcional da força. Além disso, o governador ressaltou que a operação observou as diretrizes definidas pela Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) das Favelas, que visa reduzir a letalidade policial em operações.

No contexto atual, o estado enfrenta uma intensa corrida armamentista, impulsionada pela disputa de território entre facções como o Comando Vermelho e o Terceiro Comando Puro. O serviço de inteligência policial alertou sobre uma estrutura organizada dentro do CV, que se fortalece em confrontos frequentes com as forças de segurança, utilizando armas de uso restrito contra os policiais.

O governo também destacou que foram empregadas câmeras corporais nas equipes da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE), como parte das medidas de transparência e para assegurar a rastreabilidade das ações. As medidas foram ainda sustentadas pela presença de delegados de polícia durante a operação, garantindo o controle sobre as ações policiais.

Os resultados da operação foram expressivos, com 99 presos, incluindo adolescentes, e 27 pessoas detidas oriundas de outros estados. O balanço inclui a apreensão de 122 armas, 260 carregadores e aproximadamente 5.600 munições, além de drogas que totalizam cerca de 2 toneladas de maconha e 22 kg de cocaína, evidenciando a sofisticação e a determinação das forças de segurança em lidar com a criminalidade. A complexidade da operação e suas implicações para a segurança pública seguirão sendo debatidas nos próximos dias.

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