Essa é a segunda vez que os Estados Unidos confiscam um avião da Venezuela em menos de um ano. No entanto, essa é a primeira vez que o governo Trump adota uma postura mais rigorosa em relação à Venezuela, após uma visita de um enviado especial do presidente à Caracas e um encontro com o ditador Nicolás Maduro.
Com a presença de Rubio, um promotor dominicano e um representante das forças de segurança dos EUA colocaram um cartaz com a palavra “apreendido” no avião Dassault Falcon 200, de bandeira venezuelana, que estava na pista de aterrissagem militar de Santo Domingo.
Segundo informações do Departamento de Estado, o avião foi utilizado por Maduro e seus principais assessores para viagens internacionais, incluindo países como Grécia, Turquia, Rússia e Cuba. Essas viagens foram consideradas violações das sanções impostas pelos Estados Unidos.
Além disso, o avião também foi utilizado pelo então ministro de Petróleo, Manuel Quevedo, em 2019, para participar de uma reunião da Opep nos Emirados Árabes Unidos. Essas ações foram vistas como mais um ato de desrespeito às sanções americanas.
Essa não é a primeira vez que os Estados Unidos realizam a apreensão de um avião venezuelano. No ano passado, durante a administração do ex-presidente Joe Biden, outro avião oficial da Venezuela foi confiscado na República Dominicana e levado para a Flórida.
O governo dos Estados Unidos alegou que associados de Maduro utilizaram uma empresa de fachada no Caribe para esconder a compra do avião, um Dassault Falcon 900EX, avaliado em US$ 13 milhões. O presidente Trump, na época candidato à reeleição, criticou a ação, chamando-a de “estúpida” e questionando a eficácia das medidas adotadas.
Essa nova apreensão de um avião venezuelano reacende a tensão entre os dois países e evidencia a postura firme do governo Trump em relação ao regime de Nicolás Maduro. A repercussão internacional sobre essa ação deve ser acompanhada nos próximos dias.