Governo de Lula prevê pagamento de R$ 7,6 bilhões em emendas parlamentares até segunda-feira, aliviando tensão entre Executivo e Legislativo.

O governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT), está prestes a concluir o pagamento de quase R$ 7,6 bilhões em emendas parlamentares. De acordo com a Secretaria de Relações Institucionais (SRI), responsável pela articulação política do Executivo, a previsão é de que até a próxima segunda-feira (16/12) todo esse montante esteja disponível nas contas das prefeituras e entidades beneficiadas.

Dentro desse total, mais de R$ 3,4 bilhões correspondem às emendas individuais, sendo que aproximadamente R$ 3,2 bilhões são referentes às chamadas “emendas Pix”. Vale ressaltar que, recentemente, o governo federal já realizou o pagamento de R$ 1,2 bilhão em emendas desse tipo.

Além disso, está previsto o repasse de cerca de R$ 373,4 milhões em emendas de bancada, sendo que mais de R$ 3,8 bilhões são destinados para emendas na área da saúde. Essa liberação de recursos vem em um momento de tensão entre Executivo e Legislativo, visto que parlamentares de diversos partidos condicionaram a votação de matérias de interesse do governo à liberação das emendas parlamentares.

A execução dos recursos estava paralisada devido a uma determinação do ministro Flávio Dino, que foi posteriormente ratificada pelo plenário do Supremo Tribunal Federal (STF). Após intensas negociações e a aprovação de um projeto de lei complementar, Dino autorizou a retomada dos pagamentos, estabelecendo critérios para garantir a transparência e controle público dos recursos.

No entanto, a crise entre os poderes ainda persiste, uma vez que as regras estabelecidas pelo STF desagradaram os parlamentares. A Advocacia-Geral da União (AGU) solicitou uma reconsideração do ministro, que negou o pedido, levando o órgão a participar da elaboração de uma portaria interministerial para assegurar a segurança jurídica na liberação dos recursos.

Mesmo com esses esforços para resolver os impasses, a relação entre Executivo e Legislativo segue em um momento delicado, com descontentamento por parte dos parlamentares em relação às determinações do STF e às medidas adotadas para viabilizar o pagamento das emendas parlamentares.

Sair da versão mobile