Em 2023, o governo desembolsou R$ 1,1 milhão, sendo que R$ 897 mil foram gastos em passagens e R$ 249 mil em diárias. Já no ano passado, as passagens somaram R$ 738 mil, enquanto as diárias ficaram em R$ 324 mil. Esses valores foram destinados apenas aos membros do conselho que solicitaram a verba de natureza indenizatória.
O Conselhão é composto por 249 membros de diferentes partes do país e diversas origens sociais. Segundo a Secretaria de Relações Institucionais da Presidência, o deslocamento dos conselheiros até Brasília para participarem das reuniões plenárias é necessário, o que justifica os altos gastos com passagens e diárias.
Entre os conselheiros que mais gastaram com viagens estão Ana Carolina Lima da Costa, advogada, com R$ 27.026,23, e Fernando Guimarães Rodrigues, coordenador da iniciativa Direitos Já!, com R$ 20.047,49. A Secretaria destacou que muitas das atividades do Conselhão, especialmente os grupos de trabalho e comissões, são realizadas de forma remota, sem impacto no erário público.
O órgão foi criado em 2003 durante o primeiro mandato de Lula e voltou a funcionar em 2023, após a recriação pelo presidente. Com a finalidade de assessorar o chefe do Executivo na formulação de políticas públicas, o Conselhão tem entre seus membros personalidades como a empresária Luiza Trajano, os influenciadores Felipe Neto e Nath Finanças, e o padre Júlio Lancellotti. Os gastos com as viagens dos conselheiros continuam gerando debates e polêmicas sobre a transparência e a eficácia do órgão.
