O presidente liberou os auxiliares que estavam licenciados de seus cargos como deputados e senadores para participarem do processo de escolha das novas chefias das Casas legislativas. Deputados e senadores, que retornaram do recesso no mesmo dia, votariam para eleger os presidentes do Congresso para os próximos dois anos.
Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG) já haviam cumprido dois mandatos como presidentes da Câmara e do Senado, respectivamente, e não podiam se reeleger. Os favoritos para sucedê-los eram Hugo Motta (Republicanos-PB) na Câmara e Davi Alcolumbre (União-AP) no Senado, contando com amplo apoio, incluindo do PT e do PL.
No total, dez integrantes do alto escalão do governo foram exonerados, possibilitando que reassumam seus mandatos nas Casas para participar do processo decisório. Entre os exonerados estavam Carlos Fávaro, Wellington Dias, Camilo Santana, Alexandre Padilha, Juscelino Filho, Paulo Teixeira, André Fufuca, Silvio Costa Filho, Celso Sabino e Luiz Marinho.
As ministras Marina Silva, do Meio Ambiente, e Sonia Guajajara, dos Povos Indígenas, não tiveram suas exonerações publicadas. O Psol lançou um candidato próprio à presidência da Câmara, o Pastor Henrique Vieira, enquanto o governo apoiava a candidatura de Hugo Motta.
Após as eleições, é esperado que os parlamentares reassumam seus cargos no governo. Esse movimento de exoneração e posterior retorno dos ministros é comum em votações importantes para o governo, buscando garantir apoio e articulação política.