Governo de Lula busca acelerar projeto de lei sobre emendas parlamentares no Senado para evitar impacto na Lei de Diretrizes Orçamentárias.



O governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está buscando acelerar as discussões em torno do projeto de lei complementar que regulamenta as regras das emendas parlamentares ao Orçamento, que está atualmente no Senado Federal. A preocupação é que, caso a apreciação do projeto se arraste, o debate sobre a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) seja comprometido. No entanto, a data para votação da proposta no plenário ainda não foi definida, uma vez que ainda não há um relator designado na Casa Legislativa.

O Palácio do Planalto tem a expectativa de que o projeto seja votado ainda esta semana no Senado, porém a proposta aguarda a designação de um relator por parte do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

A proposta de lei foi apresentada pelo deputado Rubens Pereira Júnior (PT-MA) após um acordo entre o governo federal e membros da Câmara dos Deputados e do Senado. O objetivo da proposta é atender às determinações do Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir a transparência e a rastreabilidade das emendas.

A Câmara dos Deputados aprovou a proposta do deputado petista que regulamenta as regras de transparência, execução e impedimentos técnicos de emendas, após parecer do deputado Elmar Nascimento (União-BA). Os parlamentares aceleraram a discussão da matéria para que a execução das emendas seja destravada pelo STF, que está bloqueada há mais de dois meses.

O governo pretende acelerar a discussão com o objetivo de avançar no debate sobre a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que deveria ter sido discutida em agosto, mas foi adiada após uma decisão do ministro Flávio Dino para suspender a execução das emendas.

O líder do governo no Senado, Otto Alencar (PSD-BA), informou que o Planalto pretende fazer alterações na proposta aprovada na Câmara dos Deputados. Se as alterações forem realizadas, a matéria terá que retornar à Câmara, o que pode atrasar ainda mais a apreciação da LDO. O texto aprovado pelos deputados prevê que as emendas parlamentares estarão sujeitas a impeditivos técnicos definidos em cada LDO, sendo autorizado apenas o contingenciamento das emendas para que o governo cumpra a meta fiscal.

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