Governo de Israel deve enfrentar crise alimentar em Gaza, alerta chefe da ONU sobre mortes e desnutrição em massa entre palestinos.

No último sábado, o comissário-geral da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente (UNRWA), Philippe Lazzarini, emitiu um apelo contundente para que o governo de Israel reconheça a grave crise humanitária em Gaza, a qual, segundo ele, é exacerbada por políticas que resultaram na fome de milhões de palestinos. O vídeo promovido por Lazzarini nas redes sociais traz à tona um alerta urgente: “É hora de o governo de Israel parar de negar a fome que criou em Gaza”, exortando que as autoridades israelenses e a comunidade internacional tomem medidas decisivas para resolver essa situação alarmante.

Recentemente, um relatório do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) revelou dados preocupantes. A situação se agravou tanto que uma pessoa está morrendo de fome a cada seis horas em Gaza. Desde julho, 204 palestinos perderam a vida devido a causas relacionadas à desnutrição, incluindo 51 crianças, colocando em evidência a gravidade da escassez alimentar na região.

Os dados do Ministério da Saúde de Gaza são alarmantes: entre outubro de 2023 e 20 de agosto de 2025, 269 palestinos faleceram devido à falta de alimentos, sendo 112 deles menores de idade. Nos últimos 50 dias, a crise alimentar se intensificou, resultando na admissão de mais de 13 mil crianças em hospitais no mês de julho — um aumento significativo em comparação com os 2 mil casos registrados em fevereiro.

Lazzarini enfatizou que a fome em Gaza atingiu níveis críticos, o que, segundo o relatório da OCHA, deriva da insuficiência da ajuda humanitária disponível. A quantidade de suprimentos que chega à região não consegue atender à demanda crescente, levando a um quadro alarmante e de desespero entre a população.

A resposta à crise não se limita apenas a promessas, mas requer ação imediata e efetiva para aliviar o sofrimento e garantir o direito à alimentação dos palestinos. A chamada de Lazzarini ecoa a necessidade urgente de uma iniciativa global para abordar essa emergência humanitária e garantir um futuro melhor para os afetados.

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